Vivam as cenouras
os abricós
a logopeia
a espermatozoa
Catulo Tibulo e Ovídio
o meu padeiro
o meu padroeiro
a semiótica da operação tradutora
os meus tapetinhos coloridos
a langue e a parole
a minha frigideira velha
o seu wilson, que vai tomar no cu
eu, que não vou reescrever nada do que escrevi
porque o senhor agora está mais morto do que eu
e o seu latinório ficou com os vermes
vivam os vermes e as cafetinas dos vermes
eu, que cago pro que escrevo
meu lupanar, que também caga
os jovens poetas, que cagam pro seu wilson
e versejam enquanto eu faço as unhas
vivam a revista da USP
as assonâncias
as marmitas de ração
a vagina magna cum laude de Mina Loy
o vou-me ego sum
as pálpebras de Narciso
meus 217 merréis no banco
a translatorminimus e cia.
vivam o Nada, o Sexto e o Propércio
os macacos que me mordam
os noivos a farmácia
os subterrâneos da pós-graduação
o escondidinho de carne seca
e a conjugação do verbo viver.