O marido trabalha três dias na semana.
Nos outros dois, acumula bares.
Fim de semana, encrava-se em casa.
Nos outros dois, acumula bares.
Fim de semana, encrava-se em casa.
Aboletado na cadeira ao lado do fogão, puxa conversa.
Se a conversa não vem, fala sozinho.
Fazendo planos no óleo quente.
Imagina o ônibus, a mulher dentro do ônibus,
o vento na Torres de que o pai lhe falava nas cartas,
uma parada para um galeto com o vinho da casa.
Levanta e bambeia até o banheiro no final
do corredor para esticar as pernas.
Sua cidade, agora mais perto, estava pronta.
A mulher apaga o fogo e ele põe os pratos na mesa.