26.12.19
Bamiyan
Senta ao meu lado na cama.
Torce o pano azul sobre prato azul.
Embebe minha febre.
Puxei-a pela mão por passagens secretas.
24.12.19
El labirinto de senderos que se bifurcan
Pedi-lhe uma Mauser.
Que coubesse em minha mão como um seio,
um helleborus,
um envelope aéreo amassado.
Pronta entrega.
Pago em dinheiro.
A senhora vai gostar,
disse solícito o simplório Lebensborn.
O sol se pondo em sua íris como um alvo.
Levei-o ao meu labirinto de senderos que se bifurcan.
Todo homem precisa de uma Mauser.
12.12.19
O céu da Pérsia
9.12.19
Não é nada
8.12.19
Langauge (2019-2024)
Todos os textos, frases, neologismos, reproposições (cortes e releitura) de versos, e despropósitos em geral, publicados nesta seção* são de minha autoria, exceto quando assinalado em contrário. Qualquer semelhança é mera coincidência.
La vida va tejiendo incesantemente estos hilos entre individuos y acontecimientos, hasta tal punto que ya no soporto más los cuatro.
+
Non sono una poetessa, sono una sofferente.
+
If Kunst is de vraag, den vat is de ant vord?
+
¿Puedo ir al baño?
Aquele momento extênuo onde a dor é tanta
que não sabes mais se obrarás como se consente
ou se tudo trasfegará para o conduto da frente.
+
Une saison compliquée
Vou gravar um álbum
com as piores músicas de papai.
🎷
O Brio. O Elogio — até agradece.
+
outra dor?, engole mais 3.
Doo, doo, doo, doo
Ooh, ooh, ooh, Weil, Weil
Doo, doo, doo, doo ♫
+
A sua miopia
Tiro os óculos.
Deito a cabeça no encosto.
Olho torto para a tela.
E.
As legendas são poemas concretos.
The Rumorettes
+
poietikê technê
Os delírios de um momento
não combinam com os do momento seguinte.
— Você não me escuta. O seu mundo é todo por escrito.
O caminho que vai do seu ouvido ao centro da fala no cérebro é um labirinto de
minotauro. Quando não presta atenção no que dizem e não responde, é porque
esse minotauro se agigantou, engolindo todo o espaço.
— Meu bem, eu estava só almoçando distraída.
+
Não sei o que me deu
Escrevi um poema que era seu
+
a foto dos bee gees na parede abandonada
Daemondiceia
Necromorfema
succubus affection
ela finge saber como fugir
+
distante o suficiente
I’ll be on my desk, for sure.
And the pain, it subsides
Os seus assassinos não são os que puxam o gatilho.
Tudo começa ainda no berço.
+
+
love isnt true
it s just the same thing
that we two ♫
+
cortar a memória até caber num único fotograma estático.
o pensamento. a obra completa. a vida.
+
a atriz muda que vendia bombons Bhering.
then it was easier to nosh the flesh with salad.
I know I'm just a Butter Poetry to your heart,
And not your full four Bacons of the year.
+
+
es otra muerte
pesquiso fotos de burgueses desprezíveis.
o texto que diria pelo resto da vida
já chegou pronto da maternidade
para a onda, você é o obstáculo.
A força estava em braços, peito e ombros.
Deito e remo de braçada.
Para longe.
Até não distinguir se é gente ou mosquitos o que vejo.
Espero.
A onda certa é só sua.
Gramática líquida, sal e cálculo —
o mar é um bom amigo.
Peça licença.
in nidof uh typewriter dat wertyes.
startin uh fight against de standartisation
of private spellin.
"Os doentes mentais são como beija-flores:
nunca pousam, ficam a dois metros do chão."
(arthur bispo do rosário)
+
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A vida não tem nada de melhor ---
+
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o tradutor por voz registrou na tela minha respiração:
ooooooooparaooooooooooocccoooooooparaparaoooooooccccoooooooooooooooooooooparaoooooooooooooooooooparaooooooooooooooooooooooooooooooparaparaooooooooooooooooccccccc
Raios de sol, no céu da cidade
Brilho da foice (oh oh oh oh), noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando, burgueses morrendo
Nesse espelho, que é nossa cidade
Quem é você (oh oh oh oh), qual o seu nome
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixa o Seu Castro
Quem sabe eu te encontro, de noite no Baixo
Brilho da foice (oh oh oh oh), noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade ♪
+
– Quem escreve quer ser elogiado, admirado. Quem escreve
quer ser amado.
– Não, o que eu quero é livrar-me desse pus.
Heart on the gasp.
+
Vocalizes para iniciantes:
"Meu nome é Márcia.
Tenho 17 anos.
Acho que não sei nada.
Minha vida é calma.
Já é verão em Ipanema."
+
Acho que a tradução de versos livres permite uma participação maior do tradutor ao transladar o sentido do poema, pois deve manter principalmente o “clima” em que ele é expresso mediante uma escolha e posicionamento especial dos termos. Já traduzi uns dois ou três poemas em versos livres que me deram mais trabalho (indecisões, alternância de escolhas etc.) do que os de forma fixa. O importante é manter a plasticidade do original, o verso livre está mais próximo do pictórico do que do lírico. [Ivo Barroso]
+
Ivo Barroso: As tentativas de manter métrica e rima desfiguravam o fluxo não cadenciado dos versos. Acabei me convencendo de que se tratava de um poema “plástico” e que era necessário manter suas – digamos – circunvoluções. A solução foi uma sequência musical de equivalências, se é que isto faz sentido.
["sequência musical de equivalências". perfeito, faz todo sentido. excerto retirado do blog do sr. Ivo.]
+
"to imagine a language is to imagine a form of life"
(cy twombly)
É muito mais que contradição
Você caindo num precipício
Eu me jogando de um avião ♫
Mensæ cælestis participes faciat nos, Rex æternæ gloriæ.
Como é bom alimentar-me desta carne.
O gosto de sangue à boca depois que tudo acaba.
O Domina mea! O Mater mea!
Till Death do us
her part
+
+
À luz de velas
Maria Lúcia Godoy interpreta Bachianas n. 5
na sala subterrânea de um desatento
casarão de pedra em Ouro Preto.
Dorme só, muito mal acamanhada.
Risca a pedra do isqueiro e as luzes da casa se apagam.
As avós mortas riem da coincidência,
olhos crivados nas garças refesteladas nos charcos.
+
Highway 10 East
Naturaleza muerta
Así es la escritura de Shepard
Sin tocarte
Coyotes de vías nocturnas
Pausas de lienzos en blanco
para enfriar su Scotch
+
O poema oculto no fundo de 800 páginas.
Prendo-lhe a cabeça entre minhas pernas.
Aperto.
Transvazo.
Ondas quebram na pedra lisa do meu fígado.
+
Quisto é bossa nova, quisto é muito natural. ♫
+
Você me dá um grande prazer
em me aceitar com sua indiferença.
+
Foi corrigir minha gramática, fiz dela um verso.
+
le mot, non: le cible juste.
+
Ir da poesia à prosa é sair da banheira para mar aberto.
+
Suddenly an arrivederci.
+
Mi piacciono le donne tedesche con i sottotitoli in italiano.
+
Since ten I was fully aware that I would be destroyed.
All the rest is metaphor.
+
I read to slow she’lls and silences.
+
Your past: fictionalised by your unconscious
Your present: factified by the collective unconscious
Your future: narrativized by your government
(anonymous)
+
eceu.
Usava um casaco acolchoado azul e céu.
A mãe.
Desliguei, foi engano. Capítulo 1
Ela me apar
+
The door alone learneth.
+
o tempo
que o vento trouxe
por um poema
morrer foi fosse
+
désoléetion
+
The aphrodisiac squirt.
Straight from my coochie hole to your étagère à livres.
+
I fall in love to Italy
I fall in love to fast
I fall in love to terribly hard ♫
+
o último dia do ano e eu falando de “Aristócrates”.
já era tarde quando me dei conta.
+
Bienaventuradas las olas que empujan tu tequila.
+
Talk Quién
Where there's life there's rope.
+
álbum duplo
not only stômak
but all so vajaina
+
Sabonetes Why Me Ltda.
+
Puxe sua cadeira para a beira de um precipício
e eu lhe contarei uma história.
[Scott Fitzgerald]
+
Write down everything
you hate in life.
Plant it.
+
The artist is a person willfully enmeshed
in an enema of categories.
+
Partial Piece I
Dream partially.
Dream you.
Dream eternally.
+
What a gulf of blood and ink
extirpates you from me.
+
Há uma idade certa para tudo.
Para furar os olhos das bonecas.
Para furar cartelas de antidepressivos.
+
Ninguém mais entra numa cafeteria, senta à sua mesa,
olha nos seus olhos e diz: Estou lendo Maupassant.
+
À tábula do repasto, o Onipotente bem que poderia ter se
limitado apenas a bazofiar sobre o Universo que imaginava
urdir. Mas teve de estragar tudo no caminho à oficina.
+
Sua casa é a sua biografia.
Pense bem se no fim vai deixar que a leiam.
+
zhenskaya proza
+
DESENHAR E NÃO MOSTRAR
FOTOGRAFAR E NÃO MOSTRAR
ESCREVER E NÃO MOSTRAR
FODER E NÃO MOSTRAR
DIZER E NÃO MOSTRAR
COMPOR E NÃO MOSTRAR
BEIJA-FLOR E NÃO MOSTRAR
AMAR E NÃO MOSTRAR
DESAMAR E NÃO MOSTRAR
TOCAR E NÃO MOSTRAR
CORTAR E NÃO MOSTRAR
SOFRER E NÃO MOSTRAR
SANGRAR E NÃO MOSTRAR
MORRER
MOSTRA
+
Like a river caught by the sea, that would be me
+
imagens slavas salvas
+
Transpapelar
+
How Bitch Is Your Love ♬
+
Stand, Buy Me
+
Art
is an Apogee
drink
of
insanity
+
lingering
l i n g e r i n g
l i n g e r i n g
l i n g e r i n g
l i n g e r i n g
l i n g e r i n g
+
O caixão de Schrödinger
+
Ilhas 6 Shelleys
+
Sharon' the night together
ah-yeah, alright ♬
+
Córsega
Ouço minha avó chamando minha mãe —
Mortas, o nome do vento.
De alguma forma ele me encontrou.
+
Lutar pela sanidade é a luta mais vã.
Mal enlouquece já é amanhã.
+
Enquanto às 8 da manhã tomo sol cantando Be My Baby para os meus cachorros,
você já está online de batom dando palestras espíritas sobre a inteligibilidade e a
dinamicidade do falar em línguas em contraposição ao ensino formal e normativo-
subordinante da língua portuguesa nas instituições acadêmicas.
Será que algum dia teremos algo em comum?
Aquele just the way you are mmm mmm mmm.
+
Eu podia me chatear ao ler uma resenha literária.
Ao ver que o crítico não sabe que a língua russa tem declinação.
Que a sua resenha é um press release como todas as outras.
Eu podia dizer a essa pessoa que está passando vergonha.
Eu podia. Mas eu não quero. Eu não quero.
Porque no meio de tanta gente chata
eu encontrei você.
+
esforço sobre-humano para amar o que for
+
quando converso, sem que percebam,
penteio mentalmente um caroço de manga
+
[
São pelos sonhos
a única forma de se falar
com Ninguém.
]
+
Se é noite ou faz calor,
Se estamos no Leblon,Se o sol virá ou... bom
you could be Morrissey you are
can’t you see
you could be anything
you could be freak ♬
+
+
Clown your longing.
You miss me?
Clown it.
+
You must realize that you are
my sleeper ship.
+
La dystopie c'est
les autres
O que mais prezo você não vai me tirar.
Não é preênsil.
Não é o fora.
É suave.
Um baque.
E me arrepia.
+
Tataramor
+
4 de maio
a poesia serve para defender o amor
abrir o peito e estar sempre na mira de uma arma
fumar o cigarro da noite
conjugar vida com abismo
13 de julho
a poesia serve para alargar as veias
e fazer passar por dentro o mundo
/
[Giuseppe Semeraro, "Para que serve a poesia", trad. Maira]
+
Aos meus críticos: Y por casa... ¿cómo escribimos?
+
Annemarie: -- Tu sais que je m'en fou.
(leitura labial)
+
Ao lado de Apollinaire, Picasso olha o Mediterrâneo
-- Que vida de merda.
+
She works me -- everything
And mentally
The deadly hiss she brings
She brings to me
And I love her... ♬
+
Terminal Get It Over
If you've got leavin' on your mind
+
Comment te dire adieu
Mon cœur de perfex
Vite prend feu
Ton cœur de codex
Résiste au feu
Je suis bien complexe
Je ne veux
Va te foutre adieu ♬
+
Começando a traduzir, para o meu próprio prazer, o último livro de Marguerite Duras, escrito antes de sua morte, C’est tout.
Versão infantil, título: Cabô. Infantojuvenil: Já deu.
Adulta clássica: Id est omnia.
+
A cadeira,
a foto de uma cadeira,
a definição de cadeira.
Não sei em qual sentar-me.
+
Comprei figos no Horto.
Estarão maduros quando você chegar.
Mas você não veio.
Gambás felizes no campo.
+
SCRVR É CRTR
+
Jeans
São buracos
as duas luas brancas
onde apoio
um livro de versos.
+
The May I Love
One day she’ll come alone
The may I love
And she’ll be a sick unsung
The may I love
And when she comes away
I’ll do my pray for her to stay
She’ll look at me hostyle
I’ll understand
Then with a little guile
She’ll cut my hand
And though it seems absurd
I know we both will clay a world ♫
+
Vulgaris
Passos no Jardim.
Jogo a clave do Éden no retrete.
No tambor duas balas.
Eu me ajoelho.
Rezo.
E espero.
A primeira reservo para Vós:
Frutificai.
+
Plath: "O melhor do mundo são crianças de quatro anos."
Sylvia, cariño, o melhor do mundo são crianças há quatro anos-luz.
+
Unaboomer
+
Perhaps what remains of innovation
is a conservatism at peace with contradiction
as the sky transgresses its frame
but obeys the museum.
Un vaso pieno di un sapere non mio.
(Medeia)
+
depois de eu ser você
poetas para quê
+
O poema ia ficando tão longo que desmaiei.
+
You used to call me on my chelfone. ♫
+
Alma Mahler: Letras-UFRJ
+
Não gosto
Só depois
+
o sapo pula na varanda
estrelas acesas
suor de papoulas
+
o que ai no silêncio
+
mamilos de mulher são planetas
de homem, ovos fritos na chapa
+
Minha existência sempre perturbou, o tempo todo.
Sempre perturbei e sempre irritei as pessoas.
Tudo que escrevo, tudo que faço é perturbação e irritação.
Minha vida inteira, toda a minha existência nada mais é do que
perturbação e irritação ininterruptas.
Porque chamo a atenção para fatos
perturbadores e irritantes.
Existem aqueles que deixam os outros em paz
e aqueles que perturbam e irritam,
categoria à qual pertenço.
Não sou do tipo de pessoa que deixa os outros em paz,
nem quero ser uma pessoa assim.
(Thomas Bernhard)
+
Hell knows I’m syllables now.
Cinquenta minutos.
Eu não tinha uma fala.
Não tinha movimento.
Paula era a protagonista.
Paula e seu desespero.
Seu desespero, meu primeiro papel no cinema.
Eu falo por mim mesma, se bem que minhas feridas não deixarão de
coincidir com as de outra supliciada que algum dia me lerá com
fervor por eu ter conseguido dizer que não posso dizer nada.
(Alejandra Pizarnik, traduzi)
+
I love you, oh say it with pebbles in your mouth
+
Everything starts from a comma.
+
Colocar o preço da cebola num poema
+
São estrelas o que vejo daqui, ou fogos de artifício que os povos
daquele planeta moribundo estão lançando para
celebrar o seu ano novo?
+
O deal bar do dia.
+
Absinto muito.
+
Take a walk on the Wilde side.
+
Whitman leaves off grass.
Whitman matagal afora.
+
Tê Tê, Têtêretê Tê Tê, Têtêretê
Pela literatura Taj Mahal!
+
Love is all you did give,
Proportional to my grave.
+
A porta da Ruah é a serventia da casa.
+
Let's play "nothing to tell".
+
Laundry Publishers & Co.
+
o mar vem e passa na areia
onde escrevo o que eu penso como se ninguém lesse
+
turntablismos poéticos
+
let's die for breakfast
Chicago typewriters
Você não me disse que tinha distúrbio de interpretação do som,
ela falou quando chegamos na praia e não eram ondas
o que estouravam no mar.
+
Azulejar
um mero olhar,
a melancia.
+
Há cachorros que olham fixamente o céu por nada.
Não para farejar, ver um avião passando, uma presa.
Há cachorros que olham por nada.
Esses me acompanham.
+
There is hope.
There is rope everywhere.
+
My feelings always spasming me in a cramped tomb of ideas.
+
Silence is the master of the utmost suffering.
+
Uma fadiga ceder sem se fazer notar.
+
c'est noir cosseno b
+
Writing, hold a pen in thine hand.
For blood must creep into the ink and both soak thy words.
passeando com chavela sob palmeirais cubanos.
deu match no app do smart que não os tenho.
+
acabou. acabado está. não refaz os passos. não pediu desfechos.
e se acontece encontrar,
uma repulsa funda e imprestável se espreme entre vogais educadas.
+
Whatever improves my "no" to life is a value.
+
A nighttime with poets
Sitting over martini drinks in a small cafe and talking with Anne
about our respective technicalities to blow ourselves up with gas
blank verses, and who would be the first.
"Oh, but I wish to publish all my opus before doing it, Sylvia!"
Anne says blunty, and I feel she is a fucking sly motherfucker.
For what she really means is "Your role in this melopoeia of ours is
to be left holding the bag, sucker!"
+
eu nunca fui o cinema
não sou o seu samba ♫
não sou Ipanema
não sei nem andar até o Leblon
+
I need you to off my clothing
put me down and feel the colding
'Cause underneath this oven feels so good to me ♫
+
não sei por que esta pose
este diploma
seu wittgenstein
o botox
você
venturo lixo de cemitério contaminado
+
Quero ser enterrada abraçadinha com um boi.
+
sol da manhã
relincho de cavalos
tap dance de passarinho no telhado
nada importa nunca mais
+
La vida va tejiendo incesantemente
estos hilos entre individuos y acontecimientos
hasta tal punto que ya no soporto más
vida hilos individuos acontecimientos
as ondas passando, eu quero
é passar com elas eu quero ♫
+
Há um verso assim late at night, when the books begin to read themselves
porque alguma coisa eles devem estar fazendo em sua vida inteira ao
meu lado enquanto os esqueço.
+
A doação
Ver laboratórios de anatomia da universidade saindo no tapa para
possuírem seu corpo, algo que nunca lhe aconteceu em vida.
+
♬♮♩♪♮
minha assinatura musical
+
arde o gás que faz esta canção
será que você vai me ouvir?
tua ♫
+
Covarrubias
O ancinho d'Ana -- anciana
esquecido na escalera desde 1934.
+
Quem não se mata é, de alguma forma, alguém que se prostitui.
(Cioran)
+
O caminho de cerejeiras da casa ao lado está magnífico.
As cerejeiras lembram do dia em que brotaram,
eu estava de bunda de fora e saí correndo, disseram.
Cerejeiras aprendem cedo a dar nome às coisas.