27.3.14

Triplo Axel




Alegria!
Todos se foram.
Só ficaram eu
meus biscoitos
e Adèle H.
com quem hei de casar
assim que libertá-la da caixinha de música para a pista de gelo oh que direi eu quando crescer e escrever essas coisas insanas para você ler papai manda-me 700 francos do inferno onde estás a vida em Halifax é muito cara muito fria e patino todos os dias diante do sr. Duhamel para pagar minhas contas ele também me dá livros e não pede nada em troca só me ver girando girando no espelho da caixinha ele me acompanha ao violino porque não há muita música na caixa o mecanismo quebrou isso o mecanismo o mecanismo de todas as coisas mecânicas daí eu giro giro até ficar tonta mecânica e o sr. Duhamel excitado mecânico a calça dele incha naquele lugar que parece um biscoito ali dentro como é o inferno papai? o seu biscoito deve ter assado há tanto tempo seus farelos espalhados por aqui na minha memória e salivo faço um triplo axel e saio do espelho até o teto de arco-íris porque todos se foram e não sei quem é Adèle H. e por que quero estar com ela aqui deitarmos em suas resmas de papel e fodermos fodermos sem que nosso filme tenha qualquer diretor para nos dizer o que fazer o que andar o que sentir com este balde até aqui de água e Adèle me olha e H. me olha e fodem sozinhas com a música os pinos que têm na cabeça eu preciso do violino do sr. Duhamel porque não ouço coisas e sou maluca e não sou Adèle H. quer casar e põe um biscoito dos meus na minha língua no meu lago dos cisnes eu salivo eu estou vivo sou uma bailarina de gelo vivo e me aqueço no clitóris do sr. Duhamel entre as pernas de Adèle que agora fodem na caixinha de música e os tranco lá dentro sem música sem violino e vou ler Les Misérables você devia fazer isso também papá manda-me 300 francos os biscoitos são caros em Halifax as pessoas são caras em Halifax e tenho de comprá-los e ao violino do sr. Duhamel que comi e danço sozinha enquanto leio Les Misérables do meu pai no inferno que deus o tenha e não traga de volta girando girando num triplo axel de um deus de gelo e pleurisia despeço-me agora Adèle papá mamã que sou eu apenas eu onde todos se foram case comigo papai eu me visto de rapaz se o senhor quiser eu me faço de tenente vou à guerra trago umas medalhas e coloco no seu peito de farelos já podres seu peito renascerá num passe de mágica e dançará uma farsa com as medalhas dentro da caixinha eu comerei seu cu papai e direi eu te amo às suas costas enquanto suamos fique à vontade não vai doer e outra vez estoco no seu reto mamã e Adèle H. com quem vou me casar depois de fazê-lo gozar