29.10.12

Rio-Frankfurt



Impossível duvidar do pulso que acelera.
Parei para pensar contra mim.
Em quem eu procurava planos
enquanto tinha outras coisas na cabeça?
Levo D no aeroporto.
Não era para acontecer,
nem o contrário.
Devia passar despercebido,
como quando se arranca
uma palavra pelo olho.
D dá um tapinha no relógio.
Está na hora e no tempo.
Desliza a mão por minha
camisa azul-clara abatida.
Quem contou que eu estava ali?
Me beija bem na minha frente.
Foi por educação.
Mas tinha.
Quem tiraria a razão dos seus lábios?
O avião é tudo que poderei contar a você.
Se não acredita em mim,
melhor deixá-lo para trás.
É o final que conta.