12.11.12

Unha festa no xardín


Non podería haber día máis perfecto para unha festa no xardín.

A lua cheia sem uma nuvem.

Nosso barco se aproximando de Tipasa.

Vai explodir em 15’ 14”.

Daí ela cinge o futuro às amígdalas.

Como extirpá-lo de vez?

Ela não quer a minha morte, acha que não preciso morrer porque de certa forma já estou morto. Mas sou capaz de farejar sua fome. A maldição sob os pensamentos mais leves. Esse fogo subterrâneo da, não, não me pergunto a idade. Para mim tudo tem seis meses, o dia em que a conheci. Sem tempo. Sem amigos. Sem respostas -- todas já nos viraram as costas. Andamos juntos os dois. Faço o que ela pede, manda ou roga. Não expresso condições, ou ajusto parágrafos mentais. Inútil dizer por quê. O boi avança cego para o matadouro. Ou para as estrelas. Um dia começa a cantar.