9.5.14

um portão de número par





a claudius portugal

Contorno a água 
de borda positiva
não é hora de mergulhar
nesse azul clorado
de itapoans


de portugal me vêm
poesias baianas
que afundam no mar
perambulam naufrágios
como peixes de silêncio


me abaixo 
molho as mãos
nesse novo mundo
talvez um rio
a praça municipal


fina teia de aranha
sobre cúpula de abajur


talvez a minha cara
um puçá
de vidas que não me dormem
ferragens 
de um portão de número par