a claudius portugal
Contorno a água
de borda positiva
não é hora de mergulhar
nesse azul clorado
de itapoans
de portugal me vêm
poesias baianas
que afundam no mar
perambulam naufrágios
como peixes de silêncio
me abaixo
molho as mãos
nesse novo mundo
talvez um rio
a praça municipal
fina teia de aranha
sobre cúpula de abajur
talvez a minha cara
um puçá
um puçá
de vidas que não me dormem
ferragens
de um portão de número par
de um portão de número par