Rua da Maldade 15/ 2º andar. Um parvo em
parangolé não pode acompanhar mesmo nada de kerouac, howls, corsos, a
quilometragem de miles city-ilíada, e perecerá deformado e enformado nas mãos
da ação dos hipopótamos cozidos da mercearia letradura, lambendo ainda das
botas às penas antigos senhores da guerra nesta idade da pedra digital, a poeta
premiada oca de ocapabana, a bíblia encardida de dona zulma inquisidora
ancestral dos pais fundadores da poesia contemporânea netflix-rodox-1922, a
mente algoritmada, o coração algoritmado, as marcas de oralidade dos
multíscios: as lexicais, as léxico-frasais, as morfeticossintáticas. Um
analfabeto em spaghetti joints, fumaça, espelhos e sombras das jukeboxes
daunbailó, esse néscio precisa que lhe esfreguem credenciais na cara para um
dia esfregar as suas na cara de outro-himself, um analfabeto alfabetizado em
nouvelle vague à paris, contaminado pela necrofilia sentimental sifilítica das
caravelas, dos fokkers, do Bildungsroman-52, ignora as grades de ferro da
memória enfim abrindo aspas para a criação liberta quae sera, não mais o
narrador mas a página escrevendo-se sozinha, fugindo da própria mente,
propriamente ataque, dinâmica, timbre, densidade, olhar de dentro, a linha que
não fica parada num lugar só, adentrando o saloon do alfabeto ylê axé opô
afonjá, êba-aê-ô-êba-aê que a gente está sempre na idade da pedra de alguma
coisa, no queissismo, no ombro amigo do urubu amigo no telhado que só dá sinal
de vida quando você dá sinal de morte, e entã diga a ela que eu volto amanhã,
queuvolto, queuvoltas, queuvolta, queuvoltamos, queuvoltais, queuvoltam,
pressing my head on the gas, i’m flying na jukebox benny goodman de crimes
waiting for the sunrise, na grande geração de 40, nas pequenas anotações deste
corpus, esse analfabeto é um arquiteto do sistema ABC de almas ABC que colapsam
em Miami como as canzoni de Arnaut Daniel,
leu sui Arnautz qu’amas l’aura
e cas la lebre ab lo bueu
e nadi contra suberna