Dores do Indaiá
Bom Despacho
Carmo da Mata
Cláudio
Belo Horizonte
Não gosto de sair de casa, Emílio
A névoa entra nos sinos
A névoa entra na alma
E tange todo o seu azul para o céu
De pedra e cal descompassado
Derramado por uma corda de sisal
São João del-Rey
Ouro Preto
Diamantina
Sabará
Por lagoa do Pilar
Essas vozes de bronze molhadas
Saídas da torre de boca para baixo
De trens de ferro e montanhas na caixa
De clavinas, facões, pólvora e bestas de carga
De uma légua de onde todas as outras partem
Dão o repique metal da Boa Morte
A outras almas cruzadas em público
Sinais visíveis de coisas invisíveis:
Não chora não, que eu vou pro céu
Não chora não, que eu vou pro céu
Em duas séries de dobres simples para mulheres
Três séries de dobres simples para homens
E até nessa hora, Emílio, até nessa hora, arremate
Uma mulher sem alma não deve sair de casa