11.8.15

[as coisas em que toco]





Às janelas abertas

tenho medo de pular


Às coisas em que toco

tenho medo de engolir


À boca que fala muito

tenho medo de beijar


Às avenidas largas

tenho medo de cruzar


Às tuas mãos tão frias

tenho medo de gripar


Sei que é chegada a hora

tenho medo de respirar


A noite dura pedras