Sentada na sacada do segundo andar de um cabaré da terceira idade. Av. Mem de Sá. Blusa vermelha desbotada. Alça do soutien insegura. Cabelho grisalho. Sovaco raspado. Cigarro aceso. Anel de lata. Ninguém a abohece. Pitú de Santo Antão no copo. Olha o asfalto. Olha o Adilson. Entram pelos seus ouvidos. Minha querida. Bolha no pé. Adoro o teu porte divino. Tu és a criatura mais linda que meus olhos já viram.