25.1.18

抱樸子






抱樸子

Por Huangpu, Nangang, Chang Shou Wan 
uma rua após a outra 
olho para cima e todas estão cobertas 
por domos de vidro transparente. 
A China como hoje conhecida o País de Cristal. 
Cada rua com seu domo, 
nasci escrava como tantos outros -- 
si não me vejo na escravidão 
deram-me um buono ofício 
separaram-me uma casa consolável. 
Só não podemos entrar em determinados lugares. 
Maus-tratos? Por Deus, não! 
Alimento-me bem. Descanso. 
Passeio sem beira. Dedilho canções.
Não sujo o vestido de sangue.
Só não posso entrar ali. 
O outro lado da rua. 
Milenares portões do Baopozi. 
Indevassáveis. Incomunicáveis. 
Impenetráveis capítulos internos
de orvalho, arsênico, mercúrio e enxofre. 
O colectivo passa lotado. Espero o próximo. 
Preciso chegar cedo em Zhongtangzhen. 
Fica aqui. 
Volto nem tão longo. 
Amacia-me o papel.
Vai escrevendo na frente. 
Depois te alcanço.