21.9.14

Gaze macia





Eu não quero morrer suja

Dê-me um banho rápido

Pegue panos baldes canecas

Os monomotores já sobrevoam a praia

Não me deixe morrer suja

Como um ombro de pedras marrons

Um cão de secos e molhados

Uma Cayenne abandonada no Qatar

Eu não quero morrer suja

Traga até um pedaço de pente

Um chafariz invisível

O sabonete mais triste

A gaze macia de tudo que eu já fiz

Mas não me deixe morrer suja

No leito vivo de areias dormentes