A formiga 1 passou uma informação para a formiga 2
que não pude ouvir.
A praça está vazia.
Não sei aonde foi parar todo mundo.
Agrada-me.
Posso ouvir melhor.
O sol forte
me conforta.
Qualquer rua é a descoberta do mar.
Abro braços e pernas e me
entrego.
O banco é só meu.
A essa altura a
informação já chegou nos subterrâneos.
Uma pequena equipe de formigas entra e
sai do buraco.
Elas diminuem a cada dia.
O mato toma conta
da praça.
Daqui a pouco não poderei ver o que fazem, escutar o que dizem.
Será inútil gritar. Quase tudo é tarde.
Ser sozinha também.
Luiza vai me dar um
pedaço de sua raiva se eu não voltar com notícias da cidade.
Eu só saio de casa
por amor.