M.R.L. é doutora em teoria literária e adora minha estante amarelinha. Tem seus momentos prosaicos. A convite do consulado francês, está escrevendo o septingentésimo quarto ensaio sobre a dificuldade dos poetas em dialogar com a crítica contemporânea, ou o inverso. Não lembro.
Quando ela chega em minha casa,
atira todos os seus procedimentos técnicos na poltrona.
Um por um. Devagarinho.
M.R.L. está há 20 minutos totalmente dentro da minha bout-rimé.
Eu é que demoro a gozar.