Uma tarde na Vila Real de Conceição de Sabará
queria entrar por mim como um verme
abrindo escadarias com o concreto das avenidas
para encher tua boca tua aba com o pó das ruínas
quando escreves um poema soterrado de versos
mal traduzidos de bardos mortos que nem conheces
para enfiar no abab do teu soneto um imbé gigantesco
lepra onde era piso
a capela do bagre onde era o mato do inframundo
este, por onde nunca passaste após um disparo